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06 maio 2016

WHATSAPP: BLOQUEIO FOI PREVISTO EM ANTIGAS PROFECIAS


Todos sabem que a decisão judicial que bloqueou o WhatsApp em maio tem relação com outra medida, já adotada em dezembro, quando um juiz de Lagarto - SE solicitou o bloqueio temporário do WhatsApp em todo o país, porque os donos do aplicativo deixaram de fornecer informações para uma investigação criminal.

Mas o que ninguém sabia é que ambas têm relação com profecias que datam do início era cristã. Dizem as escrituras que, disposto a eliminar pela raiz o receio de que um novo rei surgisse em territórios sob seu domínio, Herodes procurou saber quem era e onde estava a anônima criança que viera ao mundo profetizada como messias.

Mas, como suas buscas foram infrutíferas, quis o rei que o peso do poder compensasse o fracasso das buscas. Então, segundo versão não escrita nem conhecida, ordenou que os sacerdotes e centuriões encontrassem algum jeito, qualquer que fosse, de deter o futuro messias.

Dias depois, um dos sacerdotes o procurou para confidenciar-lhe um sonho ou visão – não se sabe ao certo – que poderia apontar uma solução. Explicou que um anjo se manifestou nessa visão, mas veio das sombras e abismos, não da luz. 
    
Materialista, afoito e prepotente, Herodes queria saber da solução, não da sua origem, nem tampouco se esse anjo tocava banjo, harpa, cuíca ou pandeiro. Eis então que o sacerdote lhe reproduz a mensagem trazida pelo anjo torto:

“Majestade, adoteis o critério infalível de legisladores e doutores dos séculos futuros, que advirão nos tormentos finais, no último reino da decadência. Viverão em florestas verdes sob impérios negros, em vermelhas brasas de pau brasil, alhures e além-mar. Extremistas serão os métodos, mas simples e fácil será a execução. Pois que, incapazes de reconhecer malfeitores na multidão, por malfeitores tomarão a todos e ao povo em geral. Ungidos no ópio da desordem ética, aos condenados renderão plenas honras e aos retos e honrados, mão de ferro e desprezo. Impotentes para desarmar os maus, desarmarão os bons. Fracos para apartar os alucinados das rédeas em urbes e vias, das rédeas e lemes apartarão até aqueles que bendito cálice sorverem à mesa abençoada.”

Não consta que Herodes tenha abstraído todo o sentido da profecia, mas seu instinto malévolo prontamente absorveu o lado cruel da mensagem. Ordenou, então, que todas as crianças, abaixo de dois anos, fossem sumariamente eliminadas. 

Não cabe supor nem insinuar que a decisão de Lagarto tenha-se inspirado em Herodes ou que exista analogia no núcleo dos enredos. Na Palestina, havia um inocente na mira do rei, aqui há suspeitos na mira da Justiça. Mas cabe admitir a indagação: Herodes se inspirou no critério de Lagarto?
           
Pelo que se infere de tal critério, se os agentes do crime se comunicassem entre si por pombo-correio e a investigação fosse incapaz de identificar qual pombo é o mensageiro, então seria o caso de decidir pelo extermínio dos pombos?

Na mesma linha de raciocínio, caso a comunicação fosse por sinais de fumaça, então todo fogo haveria de ser proibido? Sim, mas caberia ressalva. No teor da ordem judicial, o fogo do inferno estaria liberado.

No inciso primeiro da ressalva, viria a explicação “Todo fogo do inferno fica liberado, pois não cabe a este tribunal contrariar a natureza e as práticas de instâncias mais avançadas.”

Escrito por: Ricardo Zani
Gênero: Ficção


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