Começo por uma rigorosa revisão, para fazer justiça às discriminações do passado e repor tudo que se cunhou e intitulou com expressões contaminadas.
Em tempo: as editoras e os autores dos títulos abaixo ficam convidados a providenciar as correções.
A coisa está significativamente pior.
Atirei um beijinho para o gato-to.
O cravo ficou dolorido/e a rosa muito magoada.
Marcha soldado/futuro coronel/conheça seu direito/trabalhista no quartel.
O homem, a mulher, o homossexual, a homossexual, o bissexual, a bissexual, o transgênero e a transgênero são senhores e senhoras de si mesmos.
O senhor da melhor idade e o mar, de Ernest Hemingway.
Ali Babá e as quarenta vítimas de desigualdades sociais.
Ação contundente de grupo que luta pelos seus ideais.
Mulher com Índice de Massa Corporal supra-mediana, comédia com Fabiana Karla.
Como era esbelta a nossa secretária do lar, comédia brasileira de 1973.
Novela A deficiente estética que é a mais bela.
Caucasiana de neve e os sete deficientes verticais.
Homem afrodescendente na terceira idade, sucesso de Tião Carreiro e Pardinho.
Afrodescendente do sexo feminino do cabelo rijo, sucesso de Elis Regina.
Memória de minhas coitadas vítimas de injustiças sociais que vendem o corpo no desespero da subsistência tristes, de Gabriel Garcia Márquez.
(Escrito por Ricardo Zani)
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