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O mundo lembra um teatro,
Cuja função nunca cessa,
Toda casa lembra um palco,
Cada família é uma peça.
O espetáculo é de todos,
A prova é parte comum,
Mas proveito e aprendizado
São coisas de cada um...
Antes do berço rogamos
A luta que nos apraz,
Depois, muito comumente,
Buscamos voltar atrás.
Requisitamos em prece
Inimigos por parentes
E ao revê-los, ombro a ombro,
Reclamamos descontentes.
Às vezes, a filha ingrata
É aquela jovem sofrida
Que abandonamos à rua
Nos prazeres de outra vida.
Filho criando problema,
Tristeza, mágoa, perigo:
Adversário de outrora
Cobrando débito antigo.
Amigos, notem a beleza poética, a filosofia e a profundidade dos versos acima. Quando li, fiquei impressionado com a grandeza e a leveza que o autor (Cornélio Pires) conseguiu combinar tão bem, numa curta e bonita lição para entender a vida e as relações de família em seus enigmas mais difíceis. Clique aqui para ver o poema na íntegra.
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