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05 fevereiro 2010

RAPIDINHAS DA SEMANA

Dias seguidos de céu claro, sol forte e muito calor no DF, enquanto Sampa completa 44 dias de chuvas e caos. Por aqui, ainda não choveu nem a metado do esperado para essa época. Melhor que não venha tudo de uma só vez...

A entrega do Grammy 2010 norte-americano deixou, mais uma vez, aquela impressão muito clara de que seus objetivos mercadológicos ficam acima do compromisso com a qualidade dos produtos. Também mostrou, novamente, aquela obsessão americana em transformar tudo em grandes shows, incluindo partos, sessões do júri e funerais. Não é diferente no Grammy, que mergulha na onda das cantoras-modelos, cantoras-acrobatas, cantoras-stripers, etc. Vejo essas esquisitices e fico pensando: o que seria de uma Ella Fitzgerald, se tivesse de se contorcer pendurada nas alturas para arrancar aplausos, como fez Pink na apresentação do Grammy?

Na rádio Kboing (janela no alto da página), todos os canais de música estão com playlists atualizadas e ainda maiores. Para muitos, isso não é perceptível, porque a cada acesso desce uma playlist com apenas dez músicas. Mas quero avisar que normalmente nos acessos subseqüentes descem outras dez, variando a seleção. Às vezes, nos acessos muito próximos um do outro, a seleção não se renova, o que foge ao padrão regular e não sei bem qual é o motivo desse probleminha.

Por meio dos feedbacks, sei que alguns (ou todos, hehehe) posts que tenho publicado aqui não agradam a muitos. Geralmente, são as matérias mais polêmicas, que não têm, é claro, a intenção de agradar a todos, mas de provocar uma reflexão que, em regra, é desconfortável. Por que desconfortável? Porque confortável é cada um ficar na sua, fazendo o que gosta e, de longe, criticando a política e o governo. Penoso é mudar isso, doloroso é agir em lugar de "espumar" nas rodinhas de bar ou de clube. Desagradável é sair dessa "zona de conforto" para agir pelos meios legais e inteligentes contra o que é inaceitável. Isso poucos fazem e muitas vezes fazem do modo impróprio. Como estamos vendo tanta coisa descabida nas esferas políticas, concluímos que não basta mais apenas falar mal daquelas esferas. Como estamos nos aproximando de possíveis mudanças políticas pelas eleições, acreditamos que algo de melhor poderá acontecer. Mas como estamos vendo o gênero reality show prosperando na TV e milhões de cestas e bolsas distribuídas com critérios duvidosos, admitimos que tem muita gente dando prioridade às intrigas da vida alheia, ao circo e às bolsas, o que faz lembrar o velho lema do "pão e circo". 

Dizem que mentes brilhantes discutem idéias, mentes medianas discutem fatos e mentes medíocres discutem pessoas (autor desconhecido). Diante dessa afirmação, tudo fica ainda mais preocupante. E não há como mudar situações estruturais sem que o desconforto da mudança se manifeste. É claro que qualquer comentário que "desqualifique" um Big Brother desagrada a muitos, já que muitos gostam dele e o sustentam com sua preferência, sua audiência e sua ajuda via ligações telefônicas. Mas o que é um Big Brother senão uma discussão medíocre em torno de pessoas cujas qualidades parecem ser apenas o corpo sarado e a obsessão pela fama? Quando vamos ter reality shows sobre idéias, sobre ética ou sobre ações políticas? Muita gente terá de ser incomodada até que isso possa acontecer... 

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