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Se você pensa em almoçar no shopping ou churrascaria no fim de semana, veja bem aonde vai, pois se for a algum lugar perto de rodovia federal, esqueça aquele chope gostoso. A proibição de bebida alcoólica nas rodovias virou uma coisa polêmica. A medida não faz distinção, então atinge até shoppings, churrascarias e hipermercados situados nas cidades, se estiverem perto de alguma BR, como é o caso do Park Shopping, Carrefours e outros, em Brasília. Muitos casos parecidos em outras cidades. Ainda mais estranha fica a situação daquelas pequenas localidades que são praticamente extensões de acostamentos das rodovias. Ali a população toda fica sob a lei seca, como é o caso de Alexânia-GO e tantas outras.
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Essa medida tem um viés controvertido, como outras medidas já tentadas no Brasil. Como alguns agentes públicos não sabem ou não conseguem agir sobre as causas dos problemas, lançam a espada, ou melhor, a caneta, sobre tudo e sobre todos. Para impedir que o motorista do ônibus beba, 40 passageiros são punidos com a mesma perda de liberdade. Punem-se motoristas que bebem, os que não bebem e até o pobre coitado que nunca dirigiu carro na vida.
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Dizem que usar a "canetada" como principal arma é típico dos incompetentes. A história mostra que isso tem fundamento. Muitas vezes, quando impotente diante do inimigo, o Estado agiu cega e duramente sobre todos (exceto sobre bandidos e grandes criminosos). No Brasil recente, todos se lembrarão dos tempos infelizes em que se tentava conter a hiperinflação por decreto. Ou, pior ainda, confiscando as contas bancários de toda a população. Ou as campanhas que, a pretexto de reduzir os homicídios, recolhem espingardas velhas de vovôs, viúvas e lavradores amedrontados, enquanto os bandidos jamais "doarão" suas metralhadoras e fuzis.
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Em Sofia (*) as coisas funcionam de outra forma. Lá, embriaguez na direção é punida severamente. Mas a restrição recai exclusivamente sobre condutores de veículos. Também se leva em conta o limite de cada pessoa, pois a tolerância etílica não é um dado linear, mas sim uma característica particular, diferente de uma pessoa para outra. Esse limite está indicado na carteira de habilitação. Ao submeter-se ao "bafômetro", o condutor só é punido se estiver acima do seu limite pessoal, índice que, se o condutor desejar, é apurado em exames de renovação da habilitação. Ninguém consegue uma habilitação de condutor num simples teste, como aqui. Lá, todos passam por um treinamento teórico e prático que dura em torno de um ano. Pessoas anti-sociais ou muito desequilibradas não são habilitadas enquanto não se recuperarem. Tampouco podem constituir família ou exercer funções de decisão. Tá bem, tem gente que é contra esse tipo de restrição... Realmente, lá as liberdades individuais são mais estreitas, mas em contrapartida os direitos são sólidos e a sociedade é avançada em todos os sentidos ...
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Recebi do amigo Meneleu o endereço de um site especializado em cinema. Dei uma olhada e gostei. Contém informações detalhadas da maioria dos filmes produzidos nos últimos 65 anos. Amantes do cinema certamente irão gostar: http://www.65anosdecinema.pro.br
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Com tristeza, fiquei sabendo da morte, há pucos dias, do catarinense e ex-colega Solange Rech (sim, um homem chamado Solange... ). Além de bancário, um escritor com poesia no sangue, reconhecido pelo grande Mário Quintana. Eis, a seguir, traços da alma poética de Solange:
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As balizas do tempo
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O tempo que há de vir não te pertence
E sobre o que passou já não tens mando.
Não podes decidir o fator quando,
Deixa que a vida guarde o seu suspense.
Homens sensatos geralmente abstêm-se
De assaltar o futuro, profanando-o,
Ou andar no passado (como eu ando!),
Pois as fímbrias do tempo ninguém vence.
As idades e as eras não têm donos,
São os deuses que as guiam, é deus Cronos
Que pune quem transpõe os seus umbrais.
Ele vai te abençoar a cada dia
Contanto que tu vivas, todavia,
O ciclo pré-traçado dos mortais
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(*) Sofia - pequeno país citado e comentado num conto de ficção que estou rabiscando...
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