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Pouca coisa a dizer sobre a semana que vai. Mas muita coisa a fazer, para quem curte encontros sobre duas rodas. Começou ontem, em Brasília, o MOTOCAPITAL, encontro nacional de motociclistas que se repete anualmente. Atrás da Concha Acústica, à beira do Lago Paranoá, é um grande evento, com atrações e muitos visitantes até domingo.
Outro evento da semana foi o aniversário de Luiza, grande amiga, excepcional perfil humano e brilhante diplomata de carreira, atualmente em missão temporária fora do Brasil. Parabéns à leonina dos belos olhos azuis e elevado preparo intelectual que, lamentavelmente, anda muito sumida...
Meu terceiro e último assunto tem como "gancho" a primeira das fotos abaixo (foto da atleta Keila Costa, caindo na areia depois do salto em distância nas competições do PAN 2007). A foto foi objeto de alguns comentários e certas palavras em tom de reprovação, que uma ou outra leitora me enviou. Agradeço os comentários e sempre peço novas opiniões. Respeito as opiniões de todos, é claro. Mas também devo respeitar a dos que pensam diferente, dos que não vêem problema em publicar esse tipo de foto numa mídia descontraída e informal. Mas não é só isso. Há outras e fortes razões para compreender os motivos pelos quais fotos assim são clicadas, publicadas, respeitadas e freqüentemente valorizadas.
Vou agora aprofundar a questão e peço que você me acompanhe. Sabe aquela história da “preferência nacional”? Não se trata de coisa inventada por revistas masculinas nem alguma grande descoberta das agências que produzem comerciais de cerveja. O buraco é mais embaixo, sem trocadilhos.
Quero aqui mencionar o mais sério e mais profundo estudo já realizado sobre as raízes do culto a esse ícone de preferência nacional. Foi ninguém menos que o sociológo Gilberto Freyre (autor de Casa-Grande & Senzala), quem elaborou um ensaio erudito, de 26 páginas, no início dos anos 80, sobre tal particularidade da cultura brasileira. .
Então, aproveito o momento em que se completam 20 anos da morte de Gilberto Freyre (dia 20 de julho), para fazer-lhe uma homenagem. Aliás, muito oportuno resgatar sua memória e redimi-lo de polêmicas menores no passado. Acontece que hoje muitas figuras nacionais, a pretexto de combater o racismo, estão nutrindo a idéia do separatismo e disseminando a discriminação, enquanto Freyre estudou e atestou o contrário: a impressionante harmonia racial sempre existente no Brasil.
Bem, voltando ao tema da Paixão Nacional, acabo de transcrever, na página anexa deste Blog (clique aqui) trechos do precioso estudo de Gilberto Freyre sobre as raízes e as explicações da notória preferência brasileira.
Para saber mais sobre Freyre, tido como autor de um dos maiores estudos já realizados para interpretar o Brasil pelas óticas antropológica e sociológica, leia o excelente artigo da Folha Ilustrada. Clique aqui.
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