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06 fevereiro 2007

ISSO É MAIS SÉRIO DO QUE PARECE: NOSSOS NETOS TERÃO ÁGUA PARA BEBER?

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CARTA ESCRITA EM 2070

Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 70, mas a minha aparência é de alguém de 95. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas neste sociedade. Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de meia hora.

Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para a manter limpa sem água. Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios pedindo para cuidar da água, só que ninguém ligava; pensávamos que a água jamais poderia terminar. Agora todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.

Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas), como no século passado, porque as redes de esgotos não se usam por falta de água. A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioleta que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas da morte. A indústria está paralisada e o desemprego é dramático.

As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e os operários são pagos com água potável em vez de salário. Os assaltos por um litro de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos tem a aparência de 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradando por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, e como conseqüência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.

O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. A gente que não pode pagar é retirada das “zonas ventiladas”, que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas pode-se respirar. A idade média de vida é de 35 anos. Em alguns países ficaram manchas de vegetação com o seu respectivo rio, que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais que o ouro ou os diamantes. Aqui, em troca, não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se precipitação, é de chuva ácida. As estações do ano têm sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX. Advertia-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso.

Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era criança, descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse. Ela me pergunta: Papai, por que se acabou a água? Então, sinto um nó na garganta e não posso deixar de me sentir culpado, porque pertenço à geração que acabou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomou em conta tantos avisos e alertas. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isso quando ainda podíamos fazer algo para Salvar o nosso planeta Terra!

(Texto extraído da revista Crônica de los Tiempos, de abril/2002. Essa carta fictícia está circulando na WEB e também fora dela, mas precisa ser ainda mais divulgada. Por se tratar de um verdadeiro "choque de consciência", peço aos leitores que copiem o texto e repassem. Ajudem a criar uma consciência de preservação da água).
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