A VIGÍLIA É MINHA, O AZAR É SEU...
Amigos, desculpem-me por estar aqui escrevendo uma salada noturna. Mas estou de castigo. Vou fazer um exame, pela manhã. A preparação desse exame inclui a exigência de dormir somente três horas nesta noite. Estou sozinho, sem DVD novo e sem TV a cabo... É mole?!
Azar de vocês, porque vou enrolar um pouco por aqui, gastar uns minutos da minha vigília compulsória aqui, rabiscando abobrinhas & letras...
Minha sorte é ter um Hipermercado 24 horas bem aqui na minha quadra... Em último caso, irei pra lá fazer umas comprinhas, rs...
Mando um beijão para a Tatiana, que está fazendo aniversário hoje, 30 de agosto. Virginiana inteligente, talentosa, linda, com muita garra. Saudades dessa princesinha que conheci bebê e que já fez xixi no meu carro... Acho que hoje já não faz isso, mas sim pós-graduação em Direito...
Pela centésima vez na vida pós-casamento, sem faxineira... Quilos de roupa lá no cesto e... nada de faxineira ! Uma amiga deu uma mãozinha aqui no sábado, mas ainda tem muita coisa por fazer...
Mudando de pato pra ganso, você prefere verso livre ou verso rimado, com métrica e tudo? Estou lendo umas coisas aqui, sobre isso... É claro que, há algumas décadas, o verso "normatizado" vem ficando à margem. Muitos dos poetas modernos empunharam a bandeira do verso livre, incluindo vários de língua portuguesa, como Drummond, Vinícius, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa e outros. Sabem que isso dá uma boa rodada de conversa? Aliás, daria uma boa conversa, se não fosse a tacada peremptória de Antonio Feliciano de Castilho, que certa vez arrematou: “Os bons versos soltos são muito bons; os versos bem rimados são muito melhores.” Dizer mais o quê?
Lavar a cabeça com sabão de coco, nenhum outro produto. É uma das recomendações para o exame de amanhã... (já reparou que a maioria das pessoas escreve coco com acento no primeiro “o” ? Deve ser mal de quem tem horror a cocô, rsss ). Tudo bem, mas meus cabelinhos aqui vão protestar... Lavar duas vezes no mesmo dia, só com sabão de coco? Amanhã minha cabeça estará parecida com um pincel de barbear...
Por falar em cabeça, voltemos ao papo-cabeça: só com a cabeça grisalha vim a descobrir a real importância de Vico (foto acima; não confundir com o cara de óculos escuros à esquerda...). Vocês sabem quem é Vico? Vi coisas sobre ele num livro do mestre Bosi (professor da USP), que lhe dedica um capítulo inteiro. Tempos depois, folheando outras obras, descobri que seu livro “A Nova Ciência”, escrito em 1725 e publicado em 1948, vem sendo considerado um dos que mais influenciam o pensamento contemporâneo...
Giambattista Vico foi um italiano nascido em Nápoles, hoje notabilizado pelo uso que faz do simbolismo no tratado sobre a Nova Ciência (o pessoal da Semiótica deve conhecê-lo bem... ). Grande parte do que ele discute e ensina foi aprendida mais em sua experiência pessoal do que nos estudos acadêmicos. De certa forma, contrapunha-se ao racionalismo cartesiano. Em lugar de "penso, logo existo", acreditava mais na verdade da criação humana como experiência e premissa filosófica. "Crio, logo existo". Fica aqui meu tributo a um dos mai´s importantes filósofos italianos !! Se houver oportunidade, procurem conhecê-lo...
É só isso por ora, gente amiga. Obrigado pela companhia. Depois de falar do Vico, eu fico. Ou melhor, FUI...
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