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18 julho 2005


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Posted by Picasa

Andei garimpando umas imagens criativas e bonitas, que têm muito da arte concreta/abstrata e de poesia visual. Têm muito a ver com um movimento artístico ocorrido no Brasil.

Quem gosta, está convidado a contemplar essas imagens (acima e abaixo) e, sobretudo, compartilhar comigo um flashback do Concretismo.

Então, vamos lá. As chamadas artes concretas apareceram no final dos anos 40. O momento foi marcado por um poderoso ciclo de industrialização, por construções como os museus de arte moderna de São Paulo e do Rio de Ja neiro e pela realização do sonho da nova capital federal – a construção de Brasília.

No Brasil, “as primeiras manifestações de arte concreta não brotavam como resultado natural da evolução da moderna pintura brasileira e sim como reação a ela” (Ferreira Gullar),

Ivan Serpa e Almir Mavignier, dois dos maiores nomes do concretismo brasileiro, estudaram na escola superior da forma em Ulm. Essa escola, que tinha o propósito de dar continuidade à escola alemã Bauhaus, foi uma espécie de semente da arte concreta, defendida e teorizada por Max Bill.

O movimento concreto propagou-se de Ulm para a América Latina, primeiro para a Argentina e depois para o Brasil. A bienal de São Paulo, em 1951, indicava o ambiente propício à abstração: o cartaz escolhido para a exposição foi o de Antônio Maluf, que em sua estilização traduziu a efervescência da abstração e do concretismo. Além do prêmio de escultura ter sido oferecido a uma escultura ‘concreta’, o prêmio de pintura foi dado ao carioca Ivan Serpa, em sua pintura que também era abstrata geométrica.

Quando Ivan Serpa retornou de seus estudos em Ulm, começou a lecionar na MAM/RJ e logo se agruparam outros artistas, como Lygia Clark e Franz Weissmann (Grupo Frente). Tinham como teóricos o críticos Mário Pedrosa e o poeta e crítico Ferreira Gullar.

Mas em São Paulo já surgia outro grupo (Ruptura), que lançou o Manifesto Ruptura, o manifesto da arte concreta/abstrata, que objetivava uma reformulação das artes plásticas brasileiras e buscava uma nova linguagem, que marcasse com precisão a diferença entre o novo e o velho.

A adesão dos poetas concretos (Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Augusto de Campos e também de Ferreira Gullar entre outros) foi fator determinante para a imposição desse estilo na poesia. Eles experimentavam a inovação da linguagem poética, embora sofressem a influência do poeta francês Stéphane Mallarmé, do americano Ezra Pound e do escritor irlandês James Joyce.

A exposição nacional da arte concreta consolidou o movimento concreto e a poesia concreta/visual no Brasil.

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