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14 julho 2005


"Assim como a flor, que no botão sempre espera,
O amor há de ser maior a cada primavera."

A Laylana mandou-me uma mensagem há poucos dias, citando, no final do texto, esses versos. Achei bonitos, aliás, pareceram-me conhecidos. Depois caiu a ficha. Claro que são conhecidos, fui eu quem escrevi, há alguns meses... Ela pinçou de uns rabiscos que publiquei lá na Usina de Letras. Chama-se O que sabemos de nós? (obrigado, Laylana, por tirar a poeira do meu poeminha, rsss... )

Bem, pra quem não conhece, aí vai, do fundo da gaveta para a sua tela:

O que sabemos de nós?

O que entendemos agora, se não que nos queremos tanto?
O que sabemos de nós, além do poderoso encanto?
Onde estaremos depois, quando a noite terminar?
Como queimará a chama depois que o fogo baixar?

Pra tanta pergunta inquietante,
Nenhuma resposta na estante.
Hoje basta saber que somos portas abertas.
O que tiver de ser será nas horas certas.

Arder o desejo mas não perder a razão,
Pulsar o coração no compasso do pulmão.
Não esperar mais que o prometido
Para o prazer seguir até o gemido.

Melhor se dar dando mais tempo ao tempo,
Brotar todo sentimento sem nunca cegar lá dentro.
Assim como a flor, que no botão sempre espera,
O amor há de ser maior a cada primavera.
(Zé Ricardo).

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